quarta-feira, 13 de abril de 2016

FONTE:Diario de PernambucoPaulo Câmara defende novas eleições em caso de impeachmentPara Câmara, Temer deverá liderar o processo para a realização de uma nova eleição presidencial 

O governador Paulo Câmara (PSB) reforçou a posição em defesa de novas eleições presidenciais, em caso de Dilma Rousseff (PT) sofrer o impeachment e o seu vice, Michel Temer (PMDB), assumir o país. Essa hipótese foi lançada recentemente pela ex-senadora Marina Silva (Rede), que disputou a Presidência da República pelo PSB, em 2014.

Para Câmara, Temer deverá liderar o processo para a realização de uma nova eleição presidencial. “O partido defende novas eleições por acreditar que dará maior legitimidade num processo de condução como esse. Agora, novas eleições vão exigir uma fórmula. Em tese, pode ser com a renúncia da presidente, do vice-presidente. Também pode ser com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julgando a forma como está lá (impugnação da chapa Dilma-Temer)”, argumentou Câmara, ontem, após participar da abertura do 3º Congresso Pernambucano de Municípios.

Paulo Câmara também chegou a mencionar que, caso o processo não seja aprovado e Dilma continue como presidente, o partido manterá a mesma relação com os petistas. “De nossa parte, nada vai mudar. Nós sempre nos colocamos à disposição da presidente, independentemente da posição contrária ao governo. Nós não votamos na presidente Dilma, nós não apoiamos, não temos cargos e não teremos cargo nesse governo”, declarou, antes de afirmar que sempre estará aberto ao diálogo com Dilma. “Nós sempre fizemos uma análise crítica da forma como o Brasil estava sendo conduzido. Sempre nos colocamos a dialogar, a colocar alternativas e essa posição permanece a mesma”.

O governador destacou que a posição do partido em defender o impeachment da presidente não é apenas em virtude das “pedaladas fiscais”. O socialista, que passou o último fim de semana em Brasília, discutindo com lideranças partidárias sobre o cenário político nacional, disse que o PSB levou em conta o histórico de “maquiagem de dados” do governo petista. “Nós vamos olhar as pedaladas, em 2015, mas também todo um histórico de manobras nos últimos anos e mostrar claramente que se escondeu muita coisa”, disse Câmara.

“Se a transparência tivesse prevalecido, a gente teria sinais muito antes e não precisaria tomar medidas de ajustes que só agora depois da crise já instalada serão tomadas”, completou.

O governador defendeu que a decisão também foi em virtude do “clima de insatisfação” ao governo que está nas ruas. Paulo voltou a declarar que as críticas do PSB em relação à gestão Dilma Rousseff (PT) vêm desde 2013, quando o partido deixou de apoiar os petistas nacionalmente. “O PSB, enquanto partido político, já vinha dizendo isso desde 2013, quando se afastou do governo federal. Quando em 2014 lançou a candidatura de Eduardo Campos e depois a de Marina à Presidência, mostrava claramente isso. Não ia dar certo a forma como o Brasil estava dirigido e isso chegou nessa consequência do processo de impeachment”.

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